Olá povo lindo! Resolvi dar o ar da minha graça depois de tanto tempo sem postar nada. Até que enfim estou de férias, e rumo ao meu último semestre na faculdade."A transformação só teria fim quando uma virgem inocente caísse de amores por mim apesar de minha aparência e chorasse lágrimas em meu nome."
Bom, como fazia um tempinho que não postava nenhum conto de fadas por aqui (e vocês sabem o quanto gosto das histórias reais dos contos de fadas) resolvi trazer mais um que achei super interessante, que é o conto que conhecemos como "A Bela e a Fera", mas que ni início se chamava "Vassourinha" ou "Pequena Vassoura" ou "O Pequeno Cabo de Vassoura". Para ser sincera achei meio bobo esse nome, e não muito a ver com a história, leiam e vejam se concordam comigo. Espero que gostem!
IMPORTANTE: Não consegui achar o conto em nenhum site brasileiro, então peguei em inglês e traduzi, relevem se estiver alguma coisa errada, ou escrevam nos comentários que eu arrumo, afinal o conto é meio grande e meu inglês não é perfeito. :P
Aaaah, para quem tiver interesse, tem outros contos que vocês podem conferir no blog, é só clicar AQUI.
Ludwig
Bechstein (24 de novembro de 1801 - 14 de maio de 1860) foi um escritor alemão
e colecionador de contos de fadas folclóricos. Ludwig cresceu em seus primeiros
nove anos em condições econômicas muito precárias. Sua situação melhorou
somente quando seu tio Johann Matthäus Bechstein, um renomado naturalista e
silvicultor vivendo em Meiningen no distrito de Schmalkalden-Meiningen, na
Turíngia, o adotou em 1810. Ele foi então enviado para a escola e em 1818,
começou a estudar para ser farmacêutico. De 1829 a 1831 ele estudou filosofia e
literatura em Munique e Leipzig e posteriormente foi contratado como um
bibliotecário. Bechstein publicado muitos trabalhos e foi um autor de sucesso
de seu tempo.
“O Pequeno Cabo de Vassoura”
Era uma vez um mercador que tinha
três filhas. As duas mais velhas eram orgulhosas e arrogantes. Já a outra, no
entanto, era bem comportada e modesta, apesar de sua beleza superar em muito a
de suas irmãs. Vestia-se simplesmente, e isso só reforçava sua beleza em relação
à de suas irmãs.
Nettchen, que era o nome da filha
mais nova do comerciante, tinha uma amiga querida que era muito pobre, mas
igualmente bela e virtuosa. Ela era filha de um fabricante de vassouras e por
esta razão, era chamada de pequena vassoura por jovens e velhos. Ambas as
meninas eram de um só coração e uma só alma. Elas confiavam uma à outra seus
segredos, e entre eles todas as distinções de classe caiu no esquecimento. Isto
enfureceu as irmãs mais velhas, mas Nettchen as deixava a ralhar e amava sua
pequena vassoura.
Uma vez, o comerciante estava
planejando uma longa viagem, embora a temporada já estava muito avançada. Ele
perguntou o que suas filhas queriam que ele trouxesse como presente em sua
volta. A mais velha disse,
"Traga-me
um colar de ouro!" A segunda, "Traga-me um par de brincos que são tão
bonitos que todas as mulheres terão inveja de mim por causa deles!" A mais nova
disse que ela não desejava nada, pois seu pai, em sua bondade, já tinha dado
tudo a ela. Mas o comerciante insistiu, então, ela respondeu com um sorriso, "Então
me traga três rosas crescendo em um tronco." Ela estava convencida de que
seu pai não seria capaz de encontrar um presente como esse no meio do inverno.
Ele beijou-a pela sua modéstia e seguiu em sua jornada.
Ele estava a
caminho de casa quando lembrou-se dos presentes que ele deveria obter para suas
filhas. Ele logo encontrou um colar de ouro e um par de brincos esplêndidos,
mas não as três rosas para Nettchen. O pai então decidiu comprar um outro
presente valioso para sua querida, quando de repente, para sua surpresa, ele
viu logo acima, uma área verde. Ele seguiu através de um portão amplo e
encontrou-se em um grande florescimento de um jardim, adjacente a um esplêndido
castelo. Lá fora, tudo estava coberto de neve, mas no jardim as árvores estavam
em flor, os rouxinóis cantavam nos arbustos, e finalmente ele viu uma roseira e
dos seus ramos, viu três dos mais belos botões semiabertos. Exultante, ele
pensou que seria capaz de cumprir o desejo de Nettchen, então quebrou o galho.
Ele mal
tinha feito isso quando uma besta enorme, com um focinho longo e feio, orelhas
penduradas para baixo, com um casaco e cauda apareceu diante dele e deitou suas
garras muito afiadas em seu ombro. O comerciante ficou mortalmente assustado,
ainda mais quando o animal começou a falar, ameaçado-o de morte por seu crime.
O
comerciante implorou, dizendo-lhe por que ele queria as rosas, contudo a besta
respondeu: "sua filha mais nova deve ser uma verdadeira pérola. Muito bem,
se você prometer dar ela para mim em sete meses, então você deve viver e voltar
para sua família."
O
comerciante estava pensando em recusar a proposta, mas seu medo, no entanto,
levou-o a fazer a promessa, pensando que ele seria capaz de enganar o monstro.
O comerciante
voltou para casa e distribuiu os presentes. No entanto, ele estava triste e
melancólico, e elas perceberam que ele estava carregando um fardo grande em seu
coração. Nettchen lhe pediu que contasse o que o preocupava, mas ele só deu
desculpas a ela. Ele contou o segredo só para as duas filhas mais velhas, que
perversamente sentiram prazer na situação.
Para que o
pai pudesse manter os olhos nela, Nettchen quase nunca era autorizada a sair de
casa. Só a pequena vassoura que vinha visitá-la de vez em quando.
Um dia,
passado o sétimo mês, ela e a pequena vassoura novamente estavam juntas, quando
uma carruagem parou em frente a casa. Um servo, gesticulando silenciosamente,
entregou uma nota ao comerciante. Nele estavam escritas as palavras,
"cumpra sua promessa!"
O
comerciante estava apavorado, então ele chamou a pequena vassoura para o
acompanhar. A menina veio, esperando que nada de ruim acontecesse. O
comerciante então apontou para ela e ela foi levada para a carruagem, que logo
partiu.
No entanto,
a besta reconheceu a pequena vassoura quando esta foi trazida diante dele,
então ordenou que a menina fosse novamente enviada para casa e que eles
trouxessem a garota certa. A carruagem parou novamente diante da casa do
comerciante, e quando a pequena vassoura saiu, Nettchen caiu em volta de seu
pescoço com saudações amistosas. Mas logo depois ela foi pega e empurrada para
dentro da carruagem, que foi embora mais rápido que uma flecha.
Nettchen
estava muito assustada, mas ela logo relaxou. Dentro do castelo estranho, ela
foi recebida com honra, embora com gestos em silêncio. Servos em silêncio
trouxe a ela as coisas mais deliciosas de se comer e mostrou-lhe um quarto,
onde uma cama de dossel branco ofuscante convidava-a para descansar. Depois de
dizer suas orações, ela se rendeu aos braços do sono.
Quando ela
acordou, ela viu com medo, um monstro nojento deitado ao lado dela. Mas como
estava no chão e em silêncio, ela o deixou em paz. Então ele saiu, e ela teve
tempo para pensar sobre sua aventura.
A besta
feia, gradualmente tornou-se seu companheiro adormecido, e ela ficou com cada
vez menos medo dele. Ele aninhou-se a ela, e ela acariciou seu casaco peludo e
ainda lhe permitiu tocar seus lábios com seu focinho longo e frio. Já se tinham
passado quatro semanas, quando uma noite a besta não veio até ela. Nettchen não
conseguia dormir de preocupação pensando no que poderia ter acontecido com a
besta, a quem ela tinha se tornado muito afeiçoada.
Na manhã
seguinte, ela estava andando no jardim, quando ela viu a besta esticada na
margem de uma lagoa. Ela não mexia um único membro e mostrou todos os sinais de
estar morta. Uma dor amarga penetrou o peito dela, e ela chorou com a morte da
pobre besta. Mas as lágrimas mal tinham começado a fluir quando o monstro foi
transformado em um belo jovem.
Ele
levantou-se diante dela, apertou a mão em seu peito e disse, "você acaba
de me resgatar de uma terrível maldição. Meu pai queria me casar com uma mulher
a quem eu não amava. Recusei-me firmemente, e em sua raiva, meu pai pediu a uma
feiticeira para transformar-me em um monstro. A transformação só teria fim
quando uma virgem inocente caísse de amores por mim apesar de minha aparência e
chorasse lágrimas em meu nome. Você com seu coração de anjo tem feito exatamente
isso, e eu não posso lhe agradecer o suficiente. Se você se tornar minha
esposa, eu retribuirei com amor o que você tem feito por mim."
Nettchen
estendeu sua mão, e aceitou casar-se com o belo jovem. Alegria reinava por todo
o lado, e os recém-casados viveram em felicidade.
À jovem
esposa, tinha sido dada a exigência de que ela não retornasse à casa do pai por
um ano. No entanto, ela obteve um espelho em que ela pudesse ver tudo o que
estava acontecendo em seu círculo familiar.
Nettchen olhou
para o espelho muitas vezes, e ela viu o pai em sua tristeza, apesar de suas
irmãs estarem sempre alegres. Ela observou a pequena vassoura também, e como
ela se lamentava pela perda da amiga.
Ela não
olhou para o espelho por algum tempo, e quando ela voltou para ele, ela viu o
pai em seu leito de morte e suas irmãs na sala ao lado, felizes junto a seus amigos.
Isto entristeceu profundamente a boa irmã, e ela confidenciou a tristeza para o
marido. Ele confortou-a, dizendo: "seu pai não vai morrer. No meu jardim
há uma planta cuja seiva pode trazer de volta os espíritos. O ano está quase no
fim. Então vamos buscar o teu pai, e você não terá que ficar separada dele por mais
tempo."
Nettchen ficou satisfeita com isto, e
assim que o ano passou, o marido, a esposa e sua comitiva magnífica viajaram
para a cidade natal de Nettchen. As duas irmãs mais velhas quase estouraram de
inveja e raiva, enquanto a alegria do pai trouxe de volta sua saúde. A seiva
restaurou sua força total e bem-estar.
A
pequena vassoura também ficou muito feliz, e Nettchen era sua antiga amiga,
mais uma vez. Ela e o comerciante acompanharam o casal de volta ao castelo do
príncipe. Nettchen tinha um coração perdoador, e mesmo ela tendo sido tão
machucada por suas irmãs, ela queria compartilhar sua boa sorte com elas.
Portanto, ela as convidou para visitá-la e mostrou-lhes toda a sua riqueza. No
entanto, o esplendor irritou as irmãs, e elas resolveram matar sua irmã feliz.
Quando
elas estavam no banho, forçaram Nettchen sob a água e afogou-a. Mal tinham
feito isto quando uma figura feminina alta levantou-se diante delas e olhou para elas com olhos zangados.
Ela tocou a mulher morta com uma varinha, e ela voltou à vida.
"Eu sou
a feiticeira que uma vez transformou o príncipe," disse com a voz
alta. “Eu tenho observado seu bom
coração e a acolhi sob minha proteção. Essas miseráveis a mataram. Agora eu
deixo seu destino em suas mãos!"
Nettchen
implorou por misericórdia para ela, mas a feiticeira abanou a cabeça e disse:
"Elas devem morrer, pois você nunca estará a salvo de sua maldade, e assim
que elas foram punidas, meu poder cessará."
"Então
faça com elas o que quiser!" chorou Nettchen. "Deixe-as serem
transformadas em colunas e permanecerem assim até que um homem se apaixone por
elas, o que nunca vai acontecer." Ela tocou as irmãs com a mão, e elas
imediatamente se transformaram em duas colunas de pedra, que até hoje estão em
pé no jardim do esplêndido castelo, mas até hoje não ocorreu a qualquer homem,
cair de amores por pedras sem coração.
A pequena
vassoura permaneceu a amiga mais fiel de Nettchen. Ela ainda partilha a sua boa
fortuna com ela, se, entretanto, as duas não morreram.
16 comentários. Clique aqui para comentar também.:
Oi, flor!!
Também adoro contos de fadas *.*
Não conhecia esse conto, adorei <3
Primeira vez aqui no seu blog, adorei seu cantinho!
Boa semana ;)
Beijinhos :*
Sankas Books
Não conhecia essa versão do conto, mas gostei de conhecer é sempre bom! A Bela e a Fera é uma de minhas histórias favoritas... Agora essa parte da fera partilhar a cama da Bela é meio fora do universo infantil néh?!?! hahaha
Pandora
O que tem na nossa estante
oi!
A bela e a fera são uma das minhas histórias favoritas, já li alguns contos mas nunca tinha lido esse, achei maravilhoso!
bjs xxx
lendocomela.blogspot.com.br
oi!
A bela e a fera são uma das minhas histórias favoritas, já li alguns contos mas nunca tinha lido esse, achei maravilhoso!
bjs xxx
lendocomela.blogspot.com.br
Não conhecia esse conto. Adorei.
Eu ainda não tinha lido essa verdadeira história e curti. Vou já dar uma olhada nas outras que você postou.
Beijos
Balaio de Babados
Participe da promoção de aniversário do blog Crônica sem Eira
Olá, tudo bem?
Não conhecia essa versão do conto, mas adorei. É bem diferente. Adoro descobrir e conhecer as mais diversas construções que os contos de fadas podem ter.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de junho. Serão quatro livros e dois vencedores!
Achei interessante, muita gente adora a historia mas não sabe da verdadeira historia.
Beijos
Estilhaçando Livros
Eu amo a história da Bela e a Fera, ainda não tinha lido a original e gostei muito, achei bem parecida com as adaptações que já conhecia.
Beijos
Bluebell Bee
Olá,
Não conhecia a verdadeira história e gostei muito. Esse sempre foi um dos meus contos favoritos.
Adorei o seu blog ♥
Bjs e uma ótima noite!
Diário dos Livros
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Oi, Não conhecia a versão original do conto.
Seu blog é lindo!
Beijos, Jana!
Blog Viajeinasentrelinhas
@ViajNasE_Linhas
Face viajeinasentrelinhas
Oi, Não conhecia a versão original do conto.
Seu blog é lindo!
Beijos, Jana!
Blog Viajeinasentrelinhas
@ViajNasE_Linhas
Face viajeinasentrelinhas
Oi, Jessica! Tudo bem? Se não me engano, já tinha lido essa versão em algum lugar... Mas enfim, adorei o post! :)
Abraço
https://tonylucasblog.blogspot.com.br/
Oi Patricia!
A Bela e a Fera é um dos meus filmes da Disney favoritos, adorei saber a história real. :)
A parte das irmãs pedindo presentes me lembrou o live-action da Cinderela!
Beijos,
Priscilla
Infinitas Vidas
Oi Patricia!
Adoro contos de fadas e gosto de conhecer a história real, normalmente só conhecemos a historia dos filmes.
Beijos,
Epílogos e Finais
Oi Patrícia!
Primeira vez aqui no seu blog e já amei! Também amo ler e meu sonho é um dia ter uma estante repleta de livros lidos.
Sou fã de contos de fadas e o meu favorito é a Bela e a Fera. Nunca tinha lido a história real dela e adorei conhecer. Obrigada por este post!
Um beijo ♡
http://www.taigostei.com.br